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O Livro da Ilusão começou a ser escrito em 2020, a partir da exploração de processos rítmicos cunhados por Simha Arom no seu tratado sobre a rítmica africana — processos esses que exerceram uma profunda influência sobre György Ligeti nos seus célebres Estudos para piano. A par das peças resultantes desta busca formal, surgem outras, de carácter livre, escritas num rasgo momentâneo e intituladas com nomes de notas musicais, numa alusão direta a uma das obras centrais da história da música: O Cravo Bem Temperado, de J.S. Bach. Estas duas vertentes completam um ciclo que reflete a dicotomia entre a liberdade criativa e a improvisação espontânea, por um lado, e a lógica interna e o rigor formal, por outro.

