O Officium Ensemble apresenta um programa dedicado à Escola de Música da Sé de Évora, revelando a vitalidade da chamada geração de ouro da polifonia portuguesa. O destaque recai em Estêvão Lopes Morago (c.1575–c.1630), mestre de capela da Sé de Viseu e uma das figuras mais expressivas da tradição eborense, cujas composições foram transcritas para notação moderna por José Abreu (Universidade de Coimbra). Entre elas encontram-se várias obras redescobertas, como a Missa Dominicalis e, em especial, os motetes policorais Caligaverunt oculi mei e Seniores populi, que ilustram a retórica expressiva e a complexidade da escrita a oito vozes em Portugal. O programa articula-se ainda com obras de Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso, e Estêvão de Brito. No seu todo, o concerto compõe um panorama que testemunha a sofisticação técnica e a densidade expressiva da polifonia portuguesa no início do século XVII.
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