19 DE NOVEMBRO / 12h30
Entre os mais expressivos testemunhos musicais do barroco ibérico e italiano encontramos obras que unem a reflexão sobre o divino com a força da palavra declamada. Juan Hidalgo, harpista da Capela Real de Espanha e mestre da música cortesã, legou-nos páginas como Esperar, sentir, em que a afetividade nasce menos do artifício harmónico do que da intensidade com que o texto é proclamado. O mesmo caminho segue Sebastián Durón, cuja cantata Ay de mí, que el llanto y la tristeza traduz a confiança e o temor do crente diante da Paixão e Redenção de Cristo. A esta tradição junta-se o célebre Pianto della Madonna de Monteverdi, versão espiritual do lamento de Ariadne, onde a dor humana se transfigura na dor da Virgem aos pés da cruz, fundindo expressão teatral e devoção mariana em música de profunda intensidade espiritual.
—
PROGRAMA
Esperar, sentir – a arte musical do pranto
Awaiting, Feeling – Music in the Art of Sorrow
Sebastián Durón (1660-1716)
Mas ay de mí
Claudio Monteverdi (1567-1543)
Pianto della Madonna
Juan Hidalgo (1614-1685)
Rompa el aire en suspiros
Juan Hidalgo (1614-1685)
Esperar, sentir
—
Maria Bayley / harpa e canto
-
Começou os estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa, estudando cravo com Cristiano Holtz. Licenciou-se em cravo no Conservatório Real de Haia com Jacques Ogg. Obteve o mestrado em teclados medievais e renascentistas na Schola Cantorum Basiliensis com Corina Marti, em canto no Conservatório de Tilburg e em teoria da música antiga no Conservatório Real de Haia. Estudou harpa barroca como segundo instrumento em ambos os mestrados, com Emma Huijsser e Heidrun Rosenzweig respectivamente. Fundou o ensemble Ars Lusitana em 2011, e é também membro fundador do Ensemble 258. Presentemente, é estudante de Doutoramento na Universidade de Coimbra.
ENTRADA LIVRE EM TODOS OS EVENTOS
FREE ENTRY ON ALL EVENTS
apoio / support

