12 DE NOVEMBRO / 12h30

Juntam-se, neste programa, dois instrumentos provenientes de mundos diversos, mas com similar natureza organológica.
Tratando-se de instrumentos com história assíncrona, só na nossa contemporaneidade os compositores encetaram explorações composicionais tendentes à criação de um repertório original. Assim, as obras aqui apresentadas, concebidas para órgão/cravo e violino ou flauta, decorrem de transcrições modernas. O resultado, no entanto, não deixa de ser fascinante, oferecendo novas sonoridades e abordagens a repertórios patrimonializados.
Incide o programa em obras oriundas do Barroco alemão, italiano e inglês. Música que emerge como um gesto de cuidado espiritual capaz de aliar tradição e inovação.
As linguagens são diversas. Todavia, comungam a mesma raiz sociocultural.
A razão de Bach, o virtuosismo de Corelli e a emoção de Händel. Um diálogo musical dentro de um sentido estético comum.

PROGRAMA

No princípio era o sopro
In the Beginning Was the Breath

J. S. Bach (1685-1750) / Transcrição João Andrade Nunes
Sonate F-dur fur altblockflote und cembalo, BWV 1035
1. Adagio ma non tanto
2. Allegro
3. Siciliano
4. Allegro assai

G. F. Händel (1685-1759) / Transcrição Gerard McChrystal
Violin Sonata in G minor, HWV 364a
1. Largheto
2. Allegro
3. Adagio
4. Allegro

A. Corelli (1653-1713) / Transcrição João Andrade Nunes
La folia (excertos)

André Ferreira / órgão
João Andrade Nunes / saxofones soprano e alto

  • Iniciou os seus estudos de órgão com António Esteireiro no Instituto Gregoriano de Lisboa, continuando posteriormente com Jos van der Kooy no Conservatório de Haia. É licenciado em Órgão pelo Conservatório de Amesterdão, onde estudou com Jacques van Oortmerssen, tendo igualmente a oportunidade de trabalhar com Pieter van Dijk. Concluiu os mestrados em performance e em ensino de música da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), sob a orientação de João Vaz. Frequenta o mestrado em Oboé Barroco, com Pedro Castro, na ESML. Como solista ou integrado em diversos agrupamentos musicais já efetuou recitais em Portugal, Espanha, França, Itália, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Nova Zelândia. Fundou juntamente com Maria Bayley e Teresa Duarte o Ensemble 258, com quem igualmente organizou e produziu o ciclo de música antiga “7 Colinas / 7 Cantatas” em Lisboa. Colabora como organista, em Lisboa, com a Paróquia de S. Tomás de Aquino e com a Paróquia de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos. Pertence ao Ensemble S. Tomás de Aquino, dirigido por João Andrade Nunes. É licenciado em Matemática Aplicada e Computação pelo Instituto Superior Técnico. É atualmente doutorando em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, sob orientação de Rui Vieira Nery e João Vaz, investigando sobre o 6 órgãos da Basílica de Mafra. É bolseiro FCT.

  • João Andrade Nunes (1990) é licenciado (2015) e mestre (2019) em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na mesma instituição, atualmente, é docente e doutorando, na especialidade História do Direito Português. Paralelamente, mantém uma atividade musical de âmbito profissional. Depois de ter realizado o Curso Integrado de Música nos conservatórios de música Pedro Álvares Cabral (Belmonte) e Oficinas de S. José (Guarda), em 2008, por meio de provas públicas, ingressou na Banda da Armada Portuguesa. Em 2009, juntamente com a flautista Miriam Cardoso e o oboísta Filipe Branco, fundou o grupo de música contemporânea Entre Madeiras Trio. Concomitantemente, licenciou-se em Música, pela Escola Superior de Música de Lisboa (2011). Nesta instituição, estudou técnicas de composição e harmonização com João Madureira. Fora da academia realizou, ainda, cursos de composição com Domenico Ricci, Fernando Lapa e Jorge Constante Pereira. Desde 2011, tem musicado e harmonizado inúmeros textos litúrgicos. Nesse sentido, destacam-se várias obras publicadas em plataformas digitais e em formato impresso como: Livro Cinzento - laboratório 2019, Editorial Frente e Verso, Braga, 2019, Cantoral Nacional para a Liturgia, Secretariado Nacional de Liturgia, Serviço Nacional de Música Sacra, Fátima, 2019 e Vimos do Mar e da Montanha, Paulus Editora, Lisboa, 2020. Como maestro e diretor artístico fundou (2015) um peculiar projeto de divulgação e incremento de música sacra na liturgia designado de Ensemble São Tomás de Aquino, residente na Igreja São Tomás de Aquino, em Lisboa. Em 2019 integrou, como elemento do júri, o I Concurso Internacional de ComposiçãoPrémio Clotilde Rosa e o Prémio de Composição Pe. Miguel Carneiro. Desde 2020, tem assumido a presidência da Direção da Associação Cultural Oito Ecos.

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