9 DE NOVEMBRO / 11:00
ENTRADA LIVRE
Lágrimas na Música é uma sessão de audição comentada que convida o público a escutar, refletir e até sentir como a temática da lágrima atravessa os séculos na História da Música. Através de obras vocais que vão do Maneirismo ao século XX, o projeto propõe um percurso sensível e informado sobre a forma como diferentes épocas e estilos musicais trataram este elemento tão profundamente humano. Partindo de uma reflexão que vê o choro enquanto uma manifestação daquilo que escapa à palavra, a sessão guia os ouvintes por expressões musicais de dor, arrependimento, alegria, redenção ou abandono, revelando os mecanismos musicais que deram corpo ao indizível da lágrima. Apesar das distâncias históricas, a universalidade da lágrima une compositores como Dowland, Legrenzi, Handel, Bach, Mozart, Donizetti ou Francisco de Lacerda até aos nossos criadores contemporâneos. Afinal, Amália Rodrigues escreve o fado Lágrima; Slow J dedica-lhe uma canção inteira. Todos eles tentaram transformar este elemento em som. Ouçamos então as lágrimas na música.
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Sara Maia é musicóloga e cantora, com um percurso que alia a programação cultural, a investigação académica e a performance vocal. Fundadora do agrupamento de música antiga Altos do Bairro (2023), tem-se destacado na interpretação de repertório histórico, em articulação com o seu trabalho no CESEM e no MIC.PT. Em 2025, foi bolseira de investigação do Arquivo Musical José Mário Branco, aprofundando o estudo da música portuguesa no pós-25 de Abril. É licenciada e mestre em Ciências Musicais – Musicologia Histórica pela NOVA FCSH, e licenciada em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa. Entre 2021 e 2023 lecionou Iniciação Musical para crianças dos 3 aos 8 anos, promovendo o contacto precoce com a música. Desde setembro de 2025 exerce funções no Gabinete de Inovação e Criação de Valor, na NOVA FCSH. A sua prática artística e pedagógica reflete um compromisso com a valorização do património musical e com a formação de novos públicos, cruzando investigação, performance e educação.
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Mariana Santos iniciou os seus estudos de guitarra clássica aos 5 anos na Academia de Música de Almada, com o professor Nuno Santos.
Aos 15 anos ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional sob orientação do professor Júlio Guerreiro. Nesse mesmo ano, entrou para a Classe de Música Antiga do Conservatório Nacional onde teve o primeiro contacto com a música antiga, o que a levou a iniciar os estudos de alaúde com a professora Helena Raposo.
Despertado o interesse neste ramo, participou em diversos cursos tais como “XVI CIMA” da ESMAE, “IX CIMA” da MAAC, “XXX EIMCM” da Fundação da Casa de Mateus, a “Ton Koopman Academy 2021” no Conservatório Real de Haia, "Academia Ludovice Ensemble 2022" no CMACG e "Basel Lute Days" na Schola Canstorum Basiliensis, onde teve masterclasses com Paul O'Dette e Julian Behr.
Em 2022 licenciou-se em alaúde na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com os professores Vinícius Perez e Guilherme Barroso. No último ano de licenciatura, ao abrigo do programa Erasmus, estudou no Conservatório Real de Haia com os professores Mike Fentross e Joachim Held.
Mariana apresentou-se nos dias da música no CCB com o projeto “o colinho da rainha”, como solista convidado em Concertos para Bebés ®️durante o mês de janeiro de 2020, com o Ensemble 258 no projeto 7Colinas 7Cantatas, com a Orquestra Barroca d’Aquém Mar e com a Orquestra 1755.
Atualmente frequenta o mestrado em performance na Escola Superior de Música da Catalunha.

